A Batalha de Escobar Parte 2


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Menos de trinta metros separavam Escobar da Horda ensandecida.
Uma rápida prece percorreu o silêncio fulgural do ambiente. Uma luz emergiu das frestas do elmo do Lorde. O poder de Khalmyr o ungia, o Deus da Justiça acompanhava os Justos e com Escobar não era diferente. Enterro as botas de aço no solo molhado.
Chuva. Vento. Nuvens. Clarearam como estrelas noturnas e brilhou como um vagalume.

Uma Horda se destacou em fúria e grunhidos. A onda brutal percorrei a distância em instantes, lanças chegaram ao encontro de escudo robusto, uma, duas, se quebraram com a força do impacto, outras vieram após, passando rente a face do cavaleiro que gingava como um menino a brincar entre as temíveis e venenosas armas. Ao todo eram sete lanças contadas, vindas do alto, dos lados de baixo. Sua armadura turrona resistente a tudo, Escobar fora forçado a recuar dois passos com a força da Horda.
- Minha vez – proclamou em voz alta e forte - salto a frente, desce a espada veloz como raio , salpicando a terra como o sangue dos infames monstros, - irrefreável- sacudia a lamina como fosse um graveto, velocidade, força precisão, braços e faces dilaceradas, não se segurou por nem um segundo.


Sem exitar. Em meio a esquivas impossíveis entre lanças e espadas, a gutoral voz de dor das Bestas da horda preenchiam o espaço. Escobar em rodopio jorrou o sangue podre de 4 criaturas com um golpe. Mais Bestas chegavam, Ogros eram os próximos, Goblins cavalgando Worongs vinham em seguida, Lorde das guerras sabia com lidar com situação como esta, única saída era continuar a defender e bater mais forte que nunca.
Goblins esmagados por montarias sem patas, Ogres sentiam a dor da lamina Rubi Sagrada. – sua espada e armadura foram forjadas pelos melhores mestres anões do Reinado – um segundo mau percebido, golpeado brutalmente foi, acabou depositado na lama como um boneco, um Gigante que se destacava, uma clava que mais parecia um pilar, agora ao chão teve meio segundo para defesa, lanças e machados desciam como estrelas cadentes sobre seu corpo blindado – escudo travado, resistente como deveria ser, segurou os golpes mais duros, poucos outros chegaram ao seu corpo.
Moveu a espada contra as haste das lanças, cortando-as junto com a mão dos seus portadores. A parede de carne corria com seu pilar em mãos derrubando aliados como uma besta em fúria, um instante, um segundo, se encostou na linha da cintura do gigante, penetrando a lamina brilhante na altura das costelas, transgredindo ossos e órgãos, puxando a espada para a direita, despejando o interior da Monólito de Carne no chão. A arma grande demais para atingir em curta distância atingiu o chão em estrondo ecoado em silêncio repentino.


- Escobar, era único em pé entre dezenas de corpos, coberto de detritos e sangue, imóvel-
A Horda da Aliança negra dera um passo atrás. Recuaram por um instante por puro instinto de sobrevivência. A questão agora era quem se atreveria ser o primeiro. Ser derrotado era questão de tempo, mas quem seria o primeiro a bater no Sagrado Guerreiro.


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Escobar sabia muito bem que não poderia lutar tão bem por muito tempo, o sono roubado de dias anteriores cobrava seu preço agora. Olhos fitam lateralmente o Horda feral. Todos grunhindo e esbravejando o cavaleiro.
Em um piscar de olhos, setas atravessam a ar em sua direção, escudo rápido, agachado se colocou. Lanças e flechas cravavam nos corpo dilacerados dos inimigos derrotados.
-Escudo de Mithal, mais forte que o Aço, tão leve quando madeira. -
No final de alguns segundos estava cercado por um cemitério de espinhos, centenas de flechas transformaram a paisagem. Levantou-se firme e solido como um Golem.

Percebeu que flechas e lanças seriam lançadas novamente, ou até coisa pior viria, talvez magia, da mesma fonte que destruiu seu grifo incrível. Prece forte e curta, um instante seu corpo se solidificou com a força muscular mística, como cedida por um anjo invisível que o tocara de relance, seus músculos agora tinha reforço mágico, um brilho saltava de sua blindagem, era mais letal que nunca.
Posição de corrida, se pós em uma marcha única sem escapatória contra o corpo impenetrável da Horda. Lanças se fizeram em parede esperando a investida do Paladino. Algumas lanças tremiam como meninas frente o cão raivoso, poucas correram em desespero pela distância cada vez menor. Escobar saltou, escudo contra lanças espada em queda livre achou corpos sem resistência, deu inicio a uma das matanças mais brutais jamais vistas, era a luta do tudo ou nada, nunca pretendeu sair vivo deste combate, sabia que lutava por toda honra negada no dia da queda de Norm, lutava por sua vida perdida.

Em pouco tempo a clareira se abria a sua presença, percebeu três pontas de lanças cravas no seu corpo, não doeram, mais agora incomodavam. Os maiores tomaram frente, 3 Ogros majestosamente grandes, do tamanho de casas vieram em uma marcha única na direção de Escobar. Flechas a todo o momento atingiam sua armadura, se quebrando sem fazer ferimentos.
O primeiro ogro brandiu um grande machado, em salto de lado evitou a morte certa, machado ao chão, o segundo veio em horizontal contra a cintura, deitou-se em reflexo condicionado tirando faísca do ombro solido da armadura, terceiro veio na queda do céu.


-Criatura maldita! – gemeu Escobar, quando em um movimento inesperado o Ogro saltou sobre ele, esmagando seu corpo no solo lamacento.

Antes de uma reação um forte Chute de uma sola monumental o atingiu na face, lançando o elmo para o alto e fazendo Escobar desorientado girar no chão podre entulhado dos restos das feras já derrotadas. Um instante separou Escobar de uma paz dormente de um novo pegar das gigantes mãos inimigas.


Como um prêmio, Escobar era erguido perante as feras sanguinárias, o maior e mais Insano guerreiro já visto pela Horda Inferno. Ouvia entre grunhidos e augúrios o nome Tropa Inferno, sabia que era o Nome da Horda que enfrentava. Usado como bola de rebater, foi como um brinquedo entre os Ogros Maiúsculos, minutos se passaram como anos, Escobar se viu em situação sem igual.
No chão, com a orelha enterrada na lama Escobar abriu o olho. –sim, pois um de seus olhos estava grande como um punho e não era útil no momento - Imperceptível pela euforia dos malditos, estava consciente. Pode ver sua fiel espada, a poucos metros de seu pegar, por um momento, de forma quase sobrenatural seu olhar mudou.

Face dura perante a realidade que lhe apresenta aterradora.
ESCOBAR levantou, da mesma forma que se levantam os cavalos muito doentes, deu quatro passos largos rápidos, mas trôpego como um zumbi. Cercado estava. Ninguém ainda perceberá que o Cavaleiro da Ordem esta pronto para um ultimo round.

- Horda Inferno!!! – estilhaçando a moral da criaturas a sua volta, todas voltaram-se para trás, onde o Cavaleiro estivera caído – preparem-se para uma derrota memorável – Sua voz fechava com o ritmo raios e trovões ao fundo.

Os três monólitos que foram seus algozes, investiram em fúria cega, não se detiveram pelas pestes a sua frente que compunham sua própria horda. Escobar balançou a espada ao redor, mensurando um circulo no chão com a ponta da lamina, em seguida um foco de luz o circundou fazendo cegos seus observadores malditos.

Um movimento e os Ogros estavam impedidos misticamente de atacar Escobar. Agora Escobar pedia a atenção, em forma de farol noturno a proteção divina o circundava, ultima cartada, mais não parecia fugir, parecia estranhamente confiante. Primeiro minuto terminou antes mesmo de uma nova investida da Horda. Todos olhavam para trás, prestando uma vida em atenção a Escobar.

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Uma onda inacreditável seguia, estremecendo a pradaria, derrubando antigas cercas à tempos erguidas para guardar o gado.
Mith à frente, cavalgava como por sua vida estivesse em jogo, trazia consigo um grupamento milagroso, contou inicialmente dez dezenas, eram soldados, cavaleiros e aventureiros todos conheciam Escobar, não excitaram em ajudar um velho amigo, que nunca hesitaria por suas próprias vidas.
Colina próxima, cheiro de sangue soprava, som da Horda Inferno ainda era audível, sinal que Escobar poderia estar vivo milagrosamente. Falou com a montaria vigorosa, fazendo acelerar puxando a comitiva de formidável magnitudes colina acima.

Sem Medo. Sem horizonte.

Topo do monte, fitou o campo de batalha, dezenas de centenas mostravam seu poder. Notou rapidamente a distração, sem esperar nem um momento avançou colina a baixo, incomum, nunca avançou sobre um exercito a qual não notará uma cavalaria se aproximando. As dezenas se aproximaram como uma onda avançava o espaço vazio, tudo pelo amigo, tudo por Escobar.


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Tudo era vibração. Escobar quando depositado no chão pode ouvir a cavalaria se aproximando, vibração da terra. Usou seu tempo para distrair a Aliança Negra, sucesso em outro plano sem noção. Hoje era seu dia, mesmo apesar de todas as injurias parecia um bom dia, Khalmyr olhava para seu filho, com toda a justiça que cabia a um paladino.
A Cavalaria veio atropelando, mastigando como um Dragão Esfomeado a carne saborosa, a cavalaria veio levando e pisando, como uma lança perfurando a retaguarda desnuda da Horda. Mith viu o amigo, brilhando no meio de um circulo de Luz, - achou que era uma ilusão conveniente demais para ser verdade – não teve dificuldade de mirar a pesca “Escobar”.


Escobar deixou escapar um sorriso juvenil, o mesmo sorriso de uma criança quando vê seu pai chegando de uma longa viagem, seus ouvidos lhe foram atentos, avisaram corretamente a vinda da Cavalaria, rostos e brasões amigos se estendiam como rio sobre a lama negra, guardou a espada, jamais abandonaria, estendeu sua mão ainda forte ao amigo Mith que chegava próximo.
Confuso e afoitos, toda a Horda Inferno se transformou em balburdia incontrolável, pareciam baratas expostos a luz do meio dia, corriam em desespero, não se defendiam, não se pronunciavam, somente morriam e corriam.

4 comentários:

  1. Cara, parabéns.

    Fico legal a história sim, e rende mais contos neste cenário.

    Mas cuidado com a troca de primeira para terceira pessoa heheh.

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  2. Nossa, muito bom, e a imagem combinou cm os Ogros que ele enfrenta rsrs

    Quero ler mais coisas de Escobar.
    Parabéns.

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